Feliz é a alma daquele que viveu
permeado de amor
Bela é a revoada dos tios e primos
Que se alvoroçavam
naquela mangueira
e ainda se aninham
empoleiradas nas minhas retinas
tão cheias de saudade
Feliz era o momento em que ouvia
o assoviar improvisado de meu avô
Bela performance
compondo sons inusitados
que ainda reverberam na alma
carente de sua presença
Feliz era ouvir aquela doce voz
Bela e quase que inaudível
para receber os mimos
de suas mãos repletas de ternura
Feliz era a mesa sempre farta
Bela refeição jamais esquecida
ainda posta e convidativa
para saciar minhas memórias
Feliz era esta casa encantada
Bela construção
adornada de lembranças
interligando três vias
rua Machado de Assis à
Avenida Belo Horizonte
em confluência às veias do coração
Feliz, sempre presente
Bela, nunca esquecida
Felisbela
Minha avó querida!
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