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Mostrando postagens de setembro, 2014

SÓ O DONO GAVA O TOCO

Andava como quem vende ouro Sapato lustrado, camisa engomada Desembestava explicar pra que serve O que só reluz pro olho meu, a arte. Demorei desaprender Pelo que a salvação veio dia desses Disse um menino sabido: “Só o dono gava o toco” Embrenhei macega adentro Todo desarranjado Não topo com gente mais No muito é queixada e calango Do resto só eu, a catinga por trás da moita E bugio no oco dum pau podre Arremedando o fazimento De repente um arrepio fino no pé da nuca Era o poema se espremendo pra nascer Agarrei a liberdade pelo rabo E saí assobiando, todo entanguido Admirado com a obra pronta.

COLORINDO O CORAÇÃO

       Dizem os desinformados que no calendário há “o mês do cachorro louco”, mas tal ditado popular foi desmistificado nessa temporada de 2014, criando outra afirmativa comprovadamente real: agosto é o “mês da amizade louca” e foi justamente nesse período que mais cores vibrantes agregadas na memória pintaram meu coração. Desta feita, a escaldante fornalha Cuiabana ventriculou sua tinta escarlata na trilha dos aventureiros.       Enquanto Lacerda e o cronista ainda sobrevoavam o céu de Rondônia, o anfitrião Manoel já os aguardava em solo mato-grossense para estreitarem ainda mais os laços parentais e desfrutarem dos momentos de intimidade com a natureza, mantinha-se com um olho whatsappeando e outro preso ao pouso dos primos na pista. Na chácara onde desembarcaram, próxima à Chapada dos Guimarães, as preocupações e demais mazelas rotineiras foram escanchadas na porteira, juntamente com os ardis de uma anta faceira que nos dava as boas vindas. Naquele ambiente paradisíaco, vez ou ou