Escanchado em meu alazão Pelas veredas saí garimpando Olhos sedentos, voz entoando Cada canto desse meu rincão Se estava sonhando ou acordado Ia juntando no alforge, em meu afã Drummond, Milton, Cordel Euclides, Sivuca, Noel Patativa, Vinícius, Djavan Eita, que país arretado! O sabiá do Dias em meu ombro pousou enquanto cantava, mais relíquias eu via Caymmi, Elis, Machado, quanta alegria! Matizes de encanto, um show! Riquezas que não abdico Cabral, Ivan, Caetano, Tarsila Francis, Edu, Bilac, Heitor, Gil É um espetáculo esse Brasil! Do Gonzaga, do Tom e do Villa Do Ary, do Rosa, da Cecília e do Chico. Só aqui tem Lobato e Iracema mugunzá, caruru, vatapá tucupi, dendê, açaí, tacacá Amazonas, saudade, Ipanema Lugar onde apoita a felicidade. Apiei o cavalo e fiz uma prece não pude continuar a jornada De lágrimas, a camisa encharcada, Será que tudo isso a gente merece? Disse-me Deus: é minha bondade!
Muito além de cumprir minhas atribuições profissionais na instituição, hasteando a bandeira da cultura, convicto do meu papel como educador, imergi no Centro Universitário São Lucas, de Ji-Paraná, Rondônia, com as turmas de Teoria Geral do Direito, Direito de Família, Português Jurídico, Hermenêutica Jurídica e Prática Forense, nas águas escaldantes da beleza, e juntos fomos colhendo as ostras que guarneciam as pérolas da música e literatura. Antes de mergulharmos, avisei aos marujos: - Passaremos o primeiro semestre de 2025 mergulhados, mas fiquem tranquilos, a lanterna da arte iluminará nosso caminho. O tempo foi passando e alguns abandonaram a missão, buscando o ar poluído que circula lá fora, os demais permaneceram sustentados pelo oxigênio puro das discussões que eram extraídas das citações apresentadas em sala, culminadas a diversas temáticas desenvolvidas a cada encontro. Ainda guardo vivo na memória os companheiros ancorados comigo n...