Feliz é a alma daquele que viveu permeado de amor Bela é a revoada dos tios e primos Que se alvoroçavam naquela mangueira e ainda se aninham empoleiradas nas minhas retinas tão cheias de saudade Feliz era o momento em que ouvia o assoviar improvisado de meu avô Bela performance compondo sons inusitados que ainda reverberam na alma carente de sua presença Feliz era ouvir aquela doce voz Bela e quase que inaudível para receber os mimos de suas mãos repletas de ternura Feliz era a mesa sempre farta Bela refeição jamais esquecida ainda posta e convidativa para saciar minhas memórias Feliz era esta casa encantada Bela construção adornada de lembranças interligando três vias rua Machado de Assis à Avenida Belo Horizonte em confluência às veias do coração Feliz, sempre presente Bela, nunca esquecida Felisbela Minha avó querida!
abstrações, devaneios, vestígios de som, respingos de arte, fé e vida que vazam pelas frestas da alma